Lúpus: doença típica de mulher?
Dra. Elaine Nespoli, reumatologista do HSV, esclarece as principais dúvidas sobre a doença
O nome completo é “Lúpus Eritematoso Sistêmico”, mas todos conhecem como “lúpus”. Esta doença autoimune* atinge cerca de 100 mil pessoas no país, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Reumatologia. E 90% delas são mulheres, principalmente na idade fértil, embora a doença possa se manifestar em qualquer idade.
“O lúpus possui causa genética: fatores emocionais, infecciosos e a gestação podem desencadear o surgimento da doença em uma pessoa predisposta geneticamente. O uso de anticoncepcionais por mulheres jovens e o tabagismo também podem estar associados à maior incidência da doença”, explica a Dra. Elaine Nespoli, reumatologista do Hospital Santa Virgínia (HSV). Leia abaixo e esclareça mais dúvidas.
Quais são os tipos de lúpus?
Existem dois tipos: discoide, localizado apenas na pele como uma lesão eritematosa (vermelhidão), ou sistêmico, quando também acomete as articulações e, nos casos mais graves, pode afetar os rins, o coração e os pulmões.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são inespecíficos e variam muito em cada paciente. Em geral, são: fadiga, dores articulares com ou sem sinais inflamatórios (inchaço articular), febre e lesões avermelhadas pelo corpo e face (exantema e eritema). Em casos graves da doença sistêmica, podem aparecer complicações renais, pulmonares e cardíacas.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pela avaliação clínica do paciente, por exames laboratoriais (principalmente, de sangue e urina) e de imagem, para complementar o diagnóstico e planejamento do tratamento.
Forma de tratamento
O tratamento é indicado pelo médico especialista, específico para cada paciente, de acordo com o grau de manifestação da doença. Ultimamente, tem tido bons resultados os tratamentos à base de medicamentos biológicos, além dos tradicionais, como corticoides e imunossupressores.
Prevenção e cuidados
A exposição excessiva ao sol pode desencadear a aparição de lesões na pele e ativar a doença. Recomenda-se uma dieta balanceada e a prática de atividade física adequada para evitar o ganho de peso. Isso também favorecerá o tratamento, pois o peso excessivo sobrecarrega as articulações dos joelhos, quadris, coluna e pés, podendo piorar o quadro de inflamação causada pelo lúpus.
Consulte sempre um médico especialista e evite a automedicação.
O Hospital Santa Virgínia possui um Ambulatório de Especialidades, Laboratório de Análises Clínicas e Centro de Diagnóstico por Imagem. Também dispõe de estrutura e de equipe especializada para infusão de medicamentos biológicos, conforme recomendação médica.
*Doença autoimune: quando o sistema imunológico ataca os próprios tecidos e células saudáveis do corpo.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital Santa Virgínia
Publicado em: 20/3/2019